Caso 23 - As baleias que cruzavam os oceanos

Certa tarde houve uma aula sobre Ecologia para nossa pequena turma escolar, na quinta ou sexta série da escolinha do vilarejo onde vivíamos todos.
Era uma tarde luminosa e as crianças ouviram sobre a destruição do mundo pelo homem, já em andamento naqueles dias, por volta de 1980.
Tocaram uma música de Roberto Carlos, que era um sucesso na época e falava sobre as baleias que cruzavam os oceanos, em um futuro distópico onde elas não mais existiriam.
Lembro que uma das nossas alunas, uma amiguinha mais emotiva, chorou bastante diante do quadro negro que Roberto Carlos pintou para nós naquela tarde linda e tranquila.
Depois, passados alguns meses, houve uma cerimônia cívica qualquer na escolinha, um dia da Pátria ou do município talvez, e o prefeito compareceu para interromper as aulas e promover um pequeno discurso ao alunos do lado de fora das salas, em um jardim lateral ao lado do prédio. Arranjaram algumas mudas de árvores e eu fui um dos alunos selecionados para plantar uma das árvores em um pequeno buraco em um canteiro ressequido ao lado de uma das salas de aulas. Estávamos fazendo a nossa parte para combater a destruição do mundo pelo homem, essa era a mensagem, e eu agora fazia parte desse processo de luta contra o fim iminente.
Ainda estudei nessa escola por mais alguns anos e tomei o cuidado de notar se a minha pequena árvore vingara ou não.
Ela vingara e crescia lentamente. Eu estava sendo bem sucedido, pensava comigo mesmo. Nem todas as mudas plantadas naquele dia vingaram. Eu estava tendo sorte com a minha planta. 
Os anos foram passando e mudei de escola. Cresci, formei-me. Mudara do vilarejo e raramente o visitava. Mas nessas raras visitas sempre olhava para a minha árvore, agora grande e frondosa, ao lado da sala de aula.
Um dia, talvez depois de 30 anos do plantio dessa árvore, não mais a vi. Era impossível que eu tivesse me enganado. Cortaram a minha árvore por um motivo qualquer.
Nesses longos anos fui bombardeado com mensagens de todos os tipos sobre o fim do mundo, da civilização, das espécies, por causa da maldade humana.
Mas essa catástrofe foi, de alguma forma, adiada. As mensagens continuam constantes. Elas, as mensagens, têm método. Elas não nascem como as árvores. Elas são cuidadosamente elaboradas por seres humanos. 
Mas eu aprendi também que a plantação metódica de mensagens tem uma razão. Já não posso acreditar que o problema ecológico seja uma mera questão de altruísmo. Não posso tomar ingenuamente todo esse processo de convencimento como sendo algo destituído de interesses diversos.
Tenho a sensação de estar sendo, se não deliberadamente enganado, ao menos manipulado por uma força que me é oculta e parece não deixar clara a sua origem e seu real interesse.
Eu fiz algum esforço no sentido de tentar entender o que significa o drama ecológico.
Descobri que não há somente o drama ecológico, mas múltiplos dramas correndo em paralelo, e que não posso deixar de imaginar que nem todos esses dramas sejam altruístas e visem o meu bem. 
A sensação, repito, é de engano e manipulação.
A palavra é, portanto, conspiração.
Roberto Carlos continua vivo no momento em que escrevo esse texto. 
As baleias também.
O que houve, então?
O que está havendo, então?
Se você sente às vezes que algo está sendo feito no sentido de te enganá-lo ou de convencê-lo de algo que vai contra seus interesses, relate aqui nos comentários o que pensa sobre o assunto.
Será que somos apenas paranoicos?
Eu acho que não.
Eu tratarei certamente das conspirações, ou ao menos das teorias das conspirações, neste blog. Elas são muitas e de trato difícil. E elas são importantes. Elas, as conspirações, precisam ser entendidas. Se não de todo, ao menos em parte. Não gosto de me sentir manipulado.

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